A fama pegou. Diego (foto), “o vendedor de livros infantis” caiu definitivamente nas graças da torcida após marcar o gol da vitória de Valente sobre Serrinha no último domingo no Evandro Mota.
A história do jogador de 23 anos natural de Barras, oeste da Bahia, é bem interessante. No tempo em que morou em São Paulo, Diego atuou pela Copa São Paulo de Futebol Junior com o União de Araras. Defendeu a Portuguesa Santista no Paulistão sub-20 e nos profissionais da Portuguesa de Desportos. Desempregado retornou a Bahia, quando conheceu uma pessoa que mudou o rumo da sua vida.
“Estava desempregado, nem atuando no futebol também, e conheci uma mulher que hoje é uma pessoa essencial na minha, de Nova Fátima, que me chamou pra trabalhar vendendo livros e se não fosse através dos livros hoje não estaria aqui fazendo o que eu fiz, e fazendo o que eu gosto de fazer que é jogar a minha bola e graças a Deus eu feliz hoje.”
De trabalho em Valente, Diego acompanhou das arquibancadas o treino da seleção e com muita humildade pediu a comissão para fazer um teste. O técnico Zé Gambirra gostou do seu desempenho e resolveu dar-lhe uma oportunidade.
“Eu pedi e me deram a oportunidade, eu vou ser grato pelo resto da minha vida. Valente está me dando esta oportunidade e eu tenho certeza que vou agarrar com as duas pernas e com os dois braços.”
Rapidamente Diego subiu para o time principal, sendo titular no jogo de estréia do Intermunicipal em Inhambupe. Por opção de Gambirra, começou a partida contra Serrinha no banco de reservas e quando entrou mudou a história do clássico com o gol da vitória. Emocionado, Diego chorou copiosamente após o jogo no centro do campo.
Aos poucos, “o vendedor de livros”, como diz o repórter Lecildo Silva, vai escrevendo a sua história no futebol valentense.
Por Gui Oliveirah